segunda-feira, 25 de abril de 2011

O VÔO DA MAMANGABA...


(Por Daniel C. Luz)
"A audácia é uma das qualidades mais preciosas do ser humano. Se lhe falta isso, ele nunca irá muito longe." (Dr. Alexis Carrel, médico francês)
No início do século XX a ciência declarou as mamangabas aerodinamicamente incapazes de voar.
O peso do seu corpo em relação a envergadura de suas asas é desproporcional, explicaram, e por isso as mamangabas não estavam habilitadas para voar.
Contudo, a despeito do que a ciência afirmou, as mamangabas podem voar. O vôo é o modo mais eficiente que as abelhas e seus semelhantes têm para ir das colméias até as flores mais próximas, apanhar néctar e voltar. E o fazem. Por sorte as mamangabas não lêem revistas de ciência; se o fizessem nunca mais se atreveriam a sair do chão.
Isso nos leva a crer que vale a pena questionar algumas supostas verdades, ainda que muitas vezes nos tornamos vítimas de desprezo e incompreensão.
No começo do século XVI o astrônomo Nicolau Copérnico virou o mundo científico de pernas para o ar. Até aquele momento havia prevalecido a teoria do Universo geocêntrico de Ptolomeu. Copérnico alterou tudo anunciando que o Universo era, de fato, heliocêntrico - isto é, que todos os astros e planetas giravam em redor do Sol. De repente a Terra tornou-se nada mais, nada menos do que um planeta girando ao redor de uma bola de fogo. A teoria de Copérnico abalava dois mil anos de tradição científica e usava a matemática para provar que todos estavam errados.
O modelo heliocêntrico explicava com sucesso irregularidades astronômicas, e hoje em dia é uma verdade absoluta.
Mas Copérnico arriscou-se ao ridículo, ao ostracismo e até mesmo à morte para divulgá-lo.
Através dos séculos outros também enfrentaram a tempestade ao desafiar o pensamento tradicional e a verdade absoluta de sua época.
Cristóvão Colombo, Sir Isaac Newton, Charles Darwin, Albert Einstein, Pablo Picasso, Wolfgang Amadeus Mozart foram alguns deles.
Lembro-me da história de Kierkegaard sobre o viajante solitário que chegou à vila nas terras altas e viu que a estrada à frente estava bloqueada por uma montanha. Cansado e desanimado, ele sentou-se e esperou que a montanha se movesse. Anos depois ele continuava esperando sentado no mesmo lugar, idoso e decrépito. A essência da mensagem de Kierkegaard é que os céus não movem montanhas.
Nós é que precisamos escalá-las ou encontrar uma trilha que as contorne.
Se esperarmos pela montanha mover-se ou abordá-la da mesma forma que os outros sempre fizeram, estaremos perdidos, mesmo se não o percebermos.
De vez em quando precisamos de algo mais: a disposição para questionar as temporárias verdades absolutas, ou então simplesmente ignorá-las como faz a mamangaba.
Ela simplesmente voa.
Durante boa parte da vida repetimos antigos hábitos e reações. Partes de nossa rotina diária são repetidas milhares de vezes. Fazemos sem questionar se poderíamos fazer melhor... E assim negamos o melhor de nós mesmos, de nossos talentos e potencialidades, de nossa criatividade. Portanto, "agite" sempre, altere a rotina.
Questione verdades. Mude hábitos antigos. Vire mais uma página.
Cultive o espírito de ter esperanças, olhe para cima, para fora e para frente.
Voe, cercas não foram feitas para quem tem asas.

@MIGOS BONS VÔOS....

3 comentários:

  1. Olá Minha Vizinha!
    Simplesmente espetacular o texto do Daniel Luz.
    Cultivar a esperança,olhar em frente e para frente.....
    Quero,desejo e vou conseguir....
    Força e Fé.
    Te abraço muito.

    ResponderExcluir
  2. Que lindo, Rosário! É isso! E depois da Páscoa, época de renovação, nada melhor do que mudar mentalidades e seguir em frente sempre com muita esperança. Espero que a tua Páscoa tenha sido abençoada e que esta semana não a maltrate muito. Um beijinho, amiga, carregadinho de força
    Mila

    ResponderExcluir
  3. Amigas, ontem fiz quimio, é uma dureza como vcs sabem mas a vida tem de continuar.
    Assim como todos além deste gigante tenho toda uma vida para administrar.
    Marido, filhas, trabalho, contas... bom não mesmo afinal estou viva!

    ResponderExcluir