quinta-feira, 8 de outubro de 2009


Depressão reduz a sobrevida de pacientes com câncer, aponta estudo
A depressão pode reduzir as chances de sobrevivência de um paciente com câncer, segundo estudo da Universidade de British Columbia, no Canadá. Avaliando 26 estudos anteriores, incluindo mais de nove mil participantes, os pesquisadores notaram que as taxas de morte eram 25% maiores em pacientes que apresentavam sintomas de depressão. E, para aqueles diagnosticados com depressão, essa taxa era 39% maior.

Segundo os especialistas, os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de se triar pacientes com câncer mais cuidadosamente para os sinais de distúrbios psicológicos. "Os pacientes com câncer não precisam entrar em pânico se experimentarem sintomas depressivos, mas é certamente indicado que conversem com seu médico sobre sua saúde mental", ressaltaram os pesquisadores.

Os autores explicam que é possível que a depressão tenha um impacto sobre os hormônios ou sobre o sistema imunológico, ou que pessoas depressivas tendam a se comportar de maneira que afete negativamente sua longevidade, o que ajudaria a explicar o maior risco de morte nesses pacientes. Porém mais estudos são necessários antes que se tome conclusões definitivas, pois "é difícil excluir o impacto de outros fatores". Além disso, não foram encontradas evidências firmes de que a depressão afete a progressão do câncer.


BBC News (14/09/2009)

Amigos eu não conheço uma pesquisa brasileira neste sentido, caso saibam por favor me avisem. Eu quando soube de meu diagnóstico e prognóstico, entrei numa dura e longa depressão. Precisei de muita ajuda e, remédios para sair ao sol novamente.

10 comentários:

  1. Querida Rosário!
    Ótima tua postagem, porém creio que como na maioria das doença há uma grande ou pequena influência genética. A depressão faz com que o nosso sistema imunológico caia e então doenças como o câncer se instalam. Creio que no meu caso além da genética (tios ,Tias com Ca) foi desgaste ,no trabalho, cansaço, lidar com adolescentes que se consideram ricos, não é fácil, aliado a uma reposição hormonal, que por insitência minha
    a médica e amiga receitou, exigindo o controle ,por isso o diagnóstico precoce ??? sei lá.
    A verdade é que tenho experiência com a depressão da minha irmã .... Sofremos muito, ela perdeu uns 20 Kg. Agora está bem, porém com muita,muita medicação.Neste Brasil varonil,dinheiro para pesquisa.... sobre depressão... Eu antes mesmo de receber o diagnóstico, já sabia,havia pesquisado na internet e Ca de 6853,com 55 anos na época não havia possibilidade de ser benigno.Não comentei nem com o meu marido,mas sempre acreditei que operando eu sairia dessa,comecei a rezar muito,muito,não derramei uma lágrima não por ser forte,porque se eu começasse a chorar não sei o que seria da minha família. então Rosário tudo aconteceu... duas cirurgias longas, dois ciclos de quimio e eu estou aqui.
    Continuo rezando muito agradecendo muito a generosidae de Deus,que me fez mudar de vida.... Hoje sei que sou mais feliz.....
    Te abraço
    Vera

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  2. LindaZ c/ Serenata Bala8 de outubro de 2009 às 18:55

    Pois é Ro... Só quem recebeu um diagnóstico de Câncer é que sabe o poder de deprimir que ele tem. Coisa foooorte!!!!! Não é mole não!
    Até hoje ainda estou balançada. Melhorei muito mas... não posso vacilar!!!!!
    É muito, muito mais triste para os que não podem contar ($$$) com ajuda psicológica e compra de antidepressivos (são caros).
    Duvido muito que a gente tenha estudos desse tipo aqui no Brasil, mas vou investigar.

    E vamo que vamo, administrando a depressão, porque a vida vai pra frente e eu quero ir com ela (a vida, é claro!!!!!)!!!!!
    LindaZ

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  3. Oi Rô! Como vai?

    Eu tento mas não consigo imaginar o impácto que um diagnóstico de câncer pode causar em uma pessoa. Tudo o que passa em minha mente são meras conjecturas, deve ser muito triste e altamente depressor.

    Fiquei feliz com sua importante visita e com seu comentário.

    Um beijão. Cuide-se bem.

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  4. Amiga, é naturalíssimo que tenhas caído numa despressão depois do teu diagnóstico; anormal seria se não tivesses ido abaixo; penso, porém . que te tem ajudado muito o facto de teres conseguido ultrapassar a depressão e de teres finalmento saído para o sol. Acredito sinceramente que as pessoas deprimidas tenham menos força para resistir às doenças. Quando se está em baixo, com depressão( eu já tive algumas pequenas na menopausa) não há força para nada, nada nem ninguém nos interessa; está-se doente por dentro e por fora.Isto com certeza piora qualquer doença física que se tenha. Um beijinho amiga carregadinho de saudades.Até amanhã!
    Emília

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  5. Vi um livro sobre a qualidade de vida de pacientes com cãncer, de 2003. Abordava fadiga e depressão. Como não estava ligado a nosso caso, não o li!

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  6. Retorno para dizer que li no livro "Com minha Vida de Novo" de O.Carl Simonton,Stephanie Matthews-Simonton e James L.Creighton que relata experiêcias bem sucedidas de cura, há um capítulo que faz a ligação entre o Estresse e a suscetibilidade à doença...Muito bom. A leitura é sempre um apoio...mas confesso nem sempre quero aprender sobre isso..
    Te abraço
    Vera

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  7. Ro faladeira para amigos queridos9 de outubro de 2009 às 19:44

    Vera, LindaZ, Vagner, Emilia, Adão.
    LindaZ já sabe, já conversamos muito sobre isso. O médico de LindaZ disse em uma reportagem que quando ainda jovem foi acompanhar sua tia numa consulta médica bastante dificil, ela saberia naquele dia que estava com câncer. E ele ficou imaginando que naquele momento foi como se eles tivessevem levado uma trombada. Comentei com LindaZ esta história. E chegamos a conclusão que a única trombada que caberia no momento do diagnóstico foi a batita de nosso querido e saudoso Aryton Sena. Aquele impacto forte de morte. E no momento em que soube, só pensei ... eu vou morrer, não vai demorar nada, eu vou morrer...
    A sensação é terrivel, eu chorei muito, muito, muito. Cheguei em casa deitei na minha cama e minha carne tremia. Tive uma sensação de abondono, de e agora?, quanto tempo será que vou viver? Não desejo nem para uma barata (que morro de medo) essa sensação, nem por meia hora, trocar de personagem e fingir que tenho câncer.
    As vezes penso como a Vera, tive vários fatores antes de adoecer.
    Primeiro ameaça de perder o emprego, lutei bravamente para então montar uma associação para que pudessemos permanecer prestando serviços com carros escolares num certo colégio. Isto estando resolvido depois de quase 03 meses de batalha, veio a formatura da minha filha mais velha. Lembro que dançamos, bebemos, fizemos uma folia danada na festa. Isto em um sabado. No domingo fizemos um almoço em casa pois tinha vindo uns amigos de fora. O almoço foi até as 20hs., conversamos, rimos, comemos. OK segunda-feira, fui para num PS, pressão alta e um medo absurdo de morrer. Sindrome do pânico - Precisei me afastar do trabalho, remédios para depressão,panico, psiquiatra, terapeuta e dai pra frente nunca mais voltei a trabalhar, nunca mais dirigi meu onibus ou uma van (2004). Um mês depois meu marido perdeu o emprego. Foram longos meses desempregado. Eu continuava com pavor do mundo, tinha medo de tudo, até de ir no corredor do apt. Em outubro meu principe teve um AVC, complicado com algumas seguelas, e quase viramos filhos de nossas filhas. Um mês depois perdi meu pai, que morreu depois de 21 dias internado de enfisema pulmonar (fumava feito um louco). Em dezembro de 2005, descobri depois de uma hemorragia anal, que estava com câncer em estagio 3, vai até 4 . Bem, mais um pouco posso escrever um livro.
    Fui convidada a escrever um livro, acho que não sei, ou que não sei se quero. Desculpe o longo recado, mas sempre é bom contar com os amigos novos. Abraços Apertados!!!

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  8. É um prazer conhecer um pouco de você!

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  9. Rosário!
    A cada dia que passa te admiro MAIS.....
    Você MERECE ficar bem. Te abraço duplamente
    Vera

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  10. Rosario p/ Carlos Bayma10 de outubro de 2009 às 21:00

    Carlos, foi um prazer meu descobrir o seu blog. Amigos para sempre! Abraços

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